segunda-feira, 16 de julho de 2012

Escolhido pelo Pai

Esse é o tema de domingo, abrindo a nossa Semana Jovem!
Você já parou para pensar em Deus como um Pai? Em verdade a oração mais conhecida se inicia com um reconhecimento de Deus como o "Pai Nosso que está nos céus", não é mesmo?
Jesus identifica ao Pai como um ser bondoso pronto a suprir nossas necessidades (Lucas 11:13) e, neste texto, Ele se dirige à Israel, lembrando que "desde menino eu te amei". Em Êxodo 4:22 Deus se dirige a Faraó e diz sem meias palavras "Israel é meu Filho".
As nações, de modo geral, nascem em torno de um território estabelecido, a partir de uma família ou grande grupo familiar. A nação de Israel nasce de modo diferente. O povo a quem Deus chama de filho nasce de uma pequena família, passa os primeiros anos de vida em uma terra estranha, de onde Deus o chama para si.
Será que essa realidade não é um pouco parecida com a nossa? Mesmo distantes de Deus, em terra estranha, de costumes estranhos ao Pai, Ele nos chama de filhos e nos apresenta um caminho de salvação, para sairmos de um mundo / Egito que nos escraviza.
A primeira verdade apresentada por Deus aqui, nesse texto, é que Deus nos ama mesmo quando estamos longe, e nos chama de filhos.
Mas, para ser realmente um Filho de Deus, não basta existir.
Muitos dizem "eu mereço isso, porque também sou filho de Deus". ou "todos são filhos de Deus", mas a Palavra de Deus não diz que é assim.
Jesus diz que os pacificadores seriam chamados de "filhos de Deus" (Mateus 5:9); 
Paulo afirma que filhos de Deus são aqueles "que são guiados pelo Espírito de Deus" (Romanos 8:14);
Alguns consideram que existem pessoas que nascem filhos de Deus e outras que são apenas "criaturas". Os primeiros estariam destinados à salvação e os últimos à perdição. Segundo essas pessoas, Deus escolhe quem vai se salvar e quem vai se perder e faz isso desde antes de nascermos! Mas a palavra de Deus deixa bem claro que eu, você e qualquer pessoa podemos ser aceitos como verdadeiros "filhos de Deus"
"Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus." (João 1:12 e 13)
Para exemplificar, temos um processo de adoção, em que Deus chama a cada um de nós para sermos Seus filhos, mas depende de nós o recebermos. Não é da nossa vontade que vamos atrás de Deus, mas Ele vem até nós, nos atrai, busca, com buscou a Adão e Eva no jardim (Gênesis 3:9).
A verdade para hoje que o texto da imagem nos mostra é que Deus já te escolheu como filho e cabe a você escolhê-lo também como Pai.
O texto continua, com Deus dizendo que nos ensina a andar. Foi assim com o povo de Israel e é assim com cada um de nós. Deus nos ensina a andar! Se pudéssemos resumir a doutrina da Salvação, poderíamos usar esse texto. Ninguém nasce sabendo, e não nascemos no Reino de Deus sabendo de tudo. Deusnos ensina a andar sabendo que podemos e vamos cair!
Deus diz que nos segura em Seus braços e nos cura!
Há uma razão para Cristo afirmar que devemos ser como crianças para entrar no reino de Deus (Mateus 18:3). 
Você já percebeu o que acontece quando uma criança cai? A primeira coisa é o choro. quanto maior o tombo, maior o choro, mas também há uma busca pelo pai ou pela mãe. A criança espera que um adulto venha socorrê-la e clama por ajuda.
Um adulto quando cai é diferente. a primeira coisa que fazemos é verificar se alguém viu o tombo. Levantamos com o corpo doendo, sacudimos a poeira e queremos "dar a volta por cima" sozinhos. Não queremos admitir que caímos e não pedimos por ajuda! Sentimos a dor, mas o orgulho nos impede de buscar auxílio.
Se caímos na fé, devemos clamar ao nosso Pai. Ele vem para curar-nos, para nos sarar as feridas da alma. Você não precisa amargar as dores de uma queda, quando tem um Pai disposto a curar suas feridas! Clame a Deus e Ele virá até você. Você não precisa ser um bom cristão para depois ir à Igreja! A Igreja é o lugar daqueles que estão querendo ser bons, simplesmente.
No verso 4 de Oséias 11, Deus declara que nos atraiu com cordas humanas, com laços de amor.
Talvez o mais belo do amor de Deus por nós é que Ele nos atrai com seu Amor. "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16)". Ele nos diz "Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí. (Jeremias 31:3)". 
Deus não nos puxa como animais presos a uma corda, antes, estende uma corda de salvação para nós, como uma corda salva-vidas é estendida ao náufrago.
Ele ainda nos diz que nos "tira o jugo sobre as queixadas" e "nos dá mantimento". A imagem de um animal puxando uma pesada carga é colocada aqui para entendermos que, estando com Deus, não precisamos carregar tanta coisa. Não há a necessidade de carregar culpas por erros do passado nem de levar ansiedade  pelo que se sucederá no futuro. Deus anseia por aliviar as suas cargas. A ideia do jugo, uma peça colocada sobre os ombros de dois animais para que esses possam carregar uma carga, é apresentada por Jesus em Mateus 11:28-30: "Vinde a mim vós que estais cansados e sobrecarregados e Eu vos aliviarei (..) porque o mue jugo é suave e o meu fardo é leve". Em diversas outras passagens Ele nos orienta a deixar de lado toda ansiedade de preocupação " Por isso vos digo: Não andeis ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. (Mateus 6:25)"
Por que recusar um convite desses? Por que recusar a oportunidade de ser filho do maior Ser do Universo, de ter suas feridas curadas, de ter seu sustento garantido e paz para a vida? Por que recusar o maior convite de todos, o da Vida Eterna?
Mas o verso 2 de Oséias 11 (que não está na imagem) traz a triste realidade de Israel e de muitos de nós hoje " Mas, quanto mais eu o chamava,mais eles se afastavam de mim.(..)".
Essa é a cena de um Deus que chama por seu nome, que quer ser o seu Pai, mas que vê o filho indo cada vez mais longe, cada vez mais longe...
No fim das contas, a escolha é sua, a Escolha é sempre sua. Você pode aceitar o convite desse Deus que te ama, que te chama de filho mesmo quando você está longe, que liberta você das garras desse mundo, te sustenta e dá paz, ou pode continuar andando a esmo pelas terras do Egito, caindo e se ferindo buscando se esconder dos olhos do Pai...
Esperamos você nesta segunda-feira com mais uma escolha, hoje, escolha ser filho de Deus e esteja na Casa do Pai às 19:30h para mais um encontro com Ele!

Éder Rafael de Araújo
Ancião Jovem

Semana Jovem 2012

Iniciamos ontem a nossa semana Jovem aqui em Cândido Mota, na Igreja Adventista do Sétimo Dia, com muito louvor e uma mensagem especial. Vamos até o dia 21 onde teremos um abençoado culto seguido de uma gostosa confraternização, à partir das 8:45h. Você é nosso convidado especial!
Vamos colocar aqui os temas abordados a cada dia e esperamos os comentários de vocês.
Mais uma vez, a escolha é sua!


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O que fica


O problema não é com o fim
Não! não são seus cabelos
balançando enquanto seus pés caminham
para longe

Tampouco o barulho do salto alto
ficando cada vez mais baixo
e distante

Não são seus olhos
que olham agora em outra direção
Nem a aliança que não está mais em sua mão
Não é a falta do seu corpo
em meu colchão

O problema não é o que vai, mas o que fica
Todo amor que eu ainda te daria
Os filhos que ainda não tivemos
Lugares que ainda não visitamos
Presentes ainda ausentes em nossas vidas

O problema é tua imagem refletida
Em cada canto dessa casa e não tão nítida
Em minha mente agora bem mais lúcida
E suicida

Que faço eu com o todos esses sonhos
Com os planos e com os castelos
O que faço eu com as sementes?
projetos de árvores frondosas?

Resta seguir a sinuosa estrada
Subir, de novo, a íngreme Subida
De Sísifo rolar acima a pedra
E lamentar a suave descida.

Castelos de Cartas


Uma das perguntas mais cruciais em nossa vida é: Qual a hora de abandonar um sonho, um projeto, uma vontade.. Quando parar de tentar?
Qual o momento em que se dá pra dizer que algo realmente não vai dar certo? Qual a fronteira entre a persistência e a louca obstinação?
Pense em sua profissão, seu sonho de criança... Você talvez quisesse ser médico, mas agora trabalha num emprego que te exige menos que o segundo grau. Desistiu?
E os amores? Quando perceber que a garota, ou o garoto dos sonhos não te ama e que você não conseguirá mudá-lo(a). Seu esposo ou esposa já não te ama como você gostaria que amasse, e tudo mostra que não vai melhorar...

Deixar pra lá pode ser uma ótima maneira de ser feliz, numa época em que se apregoa que o bom é viver segundo o momento, aquilo que se está sentindo AGORA deve ser o nosso leme, nos levando aonde o coração mandar, não é mesmo?

Em contrapartida, tudo o que fazemos gera em nós e no mundo a necessidade de repetirmos, esperamos de nós mesmos, e os outros esperam também, que sejamos constantes. Se você é bom, surgirão expectativas de que você, no mínimo, continue a ser bom. E não são só expectativas dos outros (sim, o inferno são os outros), são as NOSSAS expectativas, de que a gente DEVE fazer de novo algo que um dia você simplesmente QUIS.

Querer e dever, agora e além, insistir ou desistir, aceitar ou tentar mudar, dilemas da vida que nos encontram a todo momento, mas que, só às vezes, nos fazem parar pra pensar...

Será que estamos construindo castelos de cartas, tento empreitadas que mostram ser quase impossíveis até para os mais habilidosos?

Nesse momento, diante da frustração de descobrir um desamor de onde esperava amor, de colher traição de onde esperava amizade, de colher um ramo seco de onde esperava vigorosa planta, me atenho ao compromisso, à constância, correndo o risco de virar uma árvore imóvel para não ser como folhas ao vento.

Particularmente, ando meio cansado de pegar as cartas espalhadas pelo chão e tentar, como Sísifo, recomeçar a jornada...

No entanto, há os que preferem ser como os pássaros, plantam seus ninhos e neles habitam, mas ainda guardam forças para mudar se um vendaval ameaça sua casa.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Para os casados e os que querem se casar

O casamento é uma daquelas coisas que você faz, e depois de um tempo se pergunta: Por que é mesmo que eu fui fazer isso? Como aquele produto pra cozinha que você comprou porque viu um cara na televisão fatiando automaticamente legumes e tendo uma vida feliz, cercado de amigos comendo saladas, pizzas, churrasco e mesas de frios... Depois, no dia a dia, o eletrodoméstico já não é tão útil assim, sua vida não virou um mar de rosas por causa dele, você não está cercado de amigos, na correria não dá pra usar o produto como aparece na TV. É claro que ainda há ótimos momentos com seu "brinquedo", mas você percebe que ele te dá mais trabalho do que prazer, gera muita louça e você pensa duas vezes antes de usá-lo..... Respeitadas as devidas proporções, o casamento é entre pessoas, e pessoas são mais que eletrodomésticos, não são coisas que se pode simplesmente "usar". Posso dizer sem medo aos nubentes de todo o planeta: você irão se frustrar, com certeza! Os homens se casam esperando que suas esposas serão iguais às namoradas e noivas, se enganam, elas mudam tremendamente, como os homens também mudam após a conquista. As mulheres, por sua vez, na maioria das vezes se casam esperando que seus futuros maridos se transformem nos príncipes encantados quando eles se tornam mais sapos ainda... Estaria, pois o casamento fadado ao fracasso? Não acredito que isso seja uma inexorável verdade. Há casamentos que duram, porém se deve ter em mente que sofrimentos virão, não sofrimentos que te afligirão DURANTE o casamento, mas sofrimentos que virão EM DECORRÊNCIA do casamento e há que se suportar, respirar fundo e manter-se fiel à decisão. Muitas vezes a decisão de se continuar casado parece a mais estúpida, mas ainda assim, se se dá mais uma chance ao amor, entendido como uma decisão, um princípío, e não apenas um sentimento, então pode-se colher bons frutos. Depois que se aprende a viver casado, os pequenos prazeres que uma convivência forçada pelo SIM diante do altar se tornam coisas preciosas, ter uma mão para segurar, alguém para lhe trazer uma refeição, um outro corpo ao seu lado para dormir, sem falar na vida sexual, que em muitos casamentos, posso assegurar com propriedade, é maravilhosa. Se posso dar um conselho, e posso, pois esse é MEU BLOG, o casamento deve ser iniciado sem paixão, pois é assim que ele vai seguir durante um bom tempo, a maior parte dele. Claro que deve haver paixão entre o casal, mas a decisão, deve ser medida sem o peso da paixão, pois esse sentimento tende a pintar as coisas em cores mais vibrantes do que na realidade são. Nessa ótica, um casamento deve ser admitido como se admite um sócio, deve haver intimidade, mas ponderação entre os defeitos e qualidades que se procura nesse relacionamento. terminar com um sócio pode ser igualmente doloroso com prejuízos para ambas as partes. Mas ainda acredito no casamento e defendo-o como Paulo de Tarso o defendeu, é uma boa opção estar casado num mundo tão mau como o nosso. Como participante da cultura cristã, creio que o casamento deve ser eterno, é uma daquelas escolhas que se leva para a vida toda, independente de como ele pode ter começado. Dito isso, volto pra casa, sento no sofá, assisto ao telejornal, dou um suspiro profundo, como quem joga, numa lufada de ar, todo o descontentamento da vida, deito-me ao lado de minha esposa, e mesmo sem querer, durmirei de conchinnha esta noite.